12º Capitulo - Preciso viver, ou deixar ele viver


...Logo ele anunciou que iria gozar, podia sentir tudo dilatando e eu começava a ouvir sua respiração mais ofegante e algo quente escorrendo dentro de mim, eu podia sentir a sintonia dos nossos corpos, parecia que tudo se encaixava perfeitamente e nada fazia mais sentido, era apenas eu e ele e nossos corpos cansados.

Ficamos deitados, ouvindo uma música de fundo e ele me falando o quanto aquilo tinha sido perfeito e único, aquela noite reservava mais coisas do que podíamos imaginar. 

Jonatas: Preciso comer algo.
Luck: Eu também preciso de algo urgente, o que acha de tomarmos um banho e depois fazermos algo para comer?
Jonatas: Acho uma boa ideia.
Luck: Só não deixe o sabonete cair.
Jonatas: Só se for o liquido.

Fomos tomar banho dando risadas, eu sabia que talvez não duraria muito, a vida é feita de momentos e o que me restava naquele momento, era viver isso. Nos beijamos no banho e nos auxiliamos, ele era muito maior que eu e aquilo me fazia me sentir seguro, logo ele saiu do banho e eu continuei ali, deixando a água escorrer pelo corpo, quando sai do banho e coloquei uma roupa leve, ele já estava cozinhando só de cueca todo lindo.

Jonatas: Podemos ouvir uma música?
Luck: Claro, o que quer ouvir?
Jonatas: Coloca na rádio.

Logo que colocou, estava tocando uma música que particularmente eu amo “Dancing Elisa”, ele fez um macarrão maravilhoso comemos e ficamos dançando, logo eu teria que voltar ao Hospital e tudo aquilo acabaria, ele me abraçou forte.

Luck: Porque você está calado? Não está gostando? Está sentindo algo?
Jonatas: Logo isso vai acabar, vou voltar pro hospital e você precisa retomar sua vida, não pode viver em função de mim ou até mesmo criar expectativas.
Luck: Isso já é tarde, você vai ficar bem, agora vamos falar de outras coisas, não vamos estragar nossa noite.

Jonatas: Você tem razão.

A noite com ele era sempre perfeita, ele me envolvia nos braços e me apertava forte e era ali que eu me sentia seguro, era com ele e mais ninguém. Os meses foram se passando, altos e baixos aconteceram na minha saúde e nos mantínhamos fortes, depois daquela noite nunca mais voltamos a ter outra igual, eu sempre estava mal, saúde cada vez mais fraca e me sentia debilitado, lembro as vezes que pensei em me matar ou colocar um ponto final em tudo, me doía vê-lo sofrer por mim e viver em função de está comigo no hospital, ele sofria com notas baixas na faculdade e a família pressionando ele, quantas vezes fingia que estava dormindo e ouvia ele chorar no canto da parede, aquilo me matava mais ainda, acho que estava na hora de tentar colocar um ponto final nisso e deixar ele seguir, mesmo que isso doa nele, doeria mais em mim e eu precisaria de força pra fazer isso e não voltar atrás, não queria ser mais egoísta, me sentia péssimo...