Oi! Sim, por enquanto esse “oi” é para você
que ainda não conheci, mas que em algum lugar está acreditando, mesmo depois de
tudo, que o amor existe e que a vida te ensinou a merecê-lo. Talvez você tenha
caído feio em algumas experiências, afinal o raso de alguns apegos tem o poder
de nos fazer conhecer certa profundidade mesmo. Ou talvez você nunca tenha
sofrido por amor, e se este for o caso você pode agradecer ao céu, pode chamar
de sorte ou simplesmente considerar-se sábio suficiente para evitar isso, até
porque, realmente o amor não desempenha o papel de fazer sofrer. Mas caso a
história que você tenha para me contar em breve seja sobre um pouco de
sofrimento, saiba que teremos nos encontrado para partilhar disto também. Eu
também tenho histórias e tanto... A grande sacada é que não existe o papel de
vítima em nada disso, e ter aprendido essa é mais um motivo para ter te
encontrado. Todo mundo encontra na vida algo que precisa aprender para evoluir,
e feliz de quem aceita o aprendizado e coloca em prática em forma de mudança.
Acredito mesmo que é a melhor e mais eficaz forma de cruzar com aquilo que a
alma e o coração desejam.
Por falar nisso, do lado de cá existe
espaço para alguém que será o primeiro em muitas coisas, mesmo depois de
algumas tentativas. Acho que também tenho sorte, ou é sobre aquele lance de
sabedoria. Existe espaço para o primeiro a não simplesmente ser apresentado
para minha família, mas o primeiro a ser família. O primeiro a estar
confortável suficiente para falar sobre todos os assuntos e resolver qualquer
mal entendido com carinho, pois uma hora ou outra eles acontecem, e ainda bem,
pois prova que existem duas personalidades, duas vidas... O primeiro a colocar
uma aliança no meu dedo, não por protocolo, mas como sinal de livre e cotidiana
escolha (por sinal isso é importante para mim, continuar te escolhendo e ser
escolhido todos os dias, independente de qualquer influência, ambiente, pessoas
e tudo mais. Acredito ser a forma mais verídica de amar). Aqui tem espaço para
o primeiro que irá dançar na sala comigo em uma segunda feira antes de dar boa
noite, o primeiro a tomar vinho comigo as quartas (você vai rir da leseira que
álcool me causa, já que não sou acostumado a beber) e conversar sobre como
podemos crescer nas áreas em que atuamos elogiar as conquistas e construir mais
alguns sonhos depois do jantar. O primeiro que vai conhecer o meu melhor e
pior, mas continuará ali porque sabe que a verdade é que eu estou em competição
constante com meu eu de ontem, para ser melhor hoje e assim sucessivamente. O
primeiro em que o sexo será um ritual de renovação da nossa conexão e
reacenderá a paixão esfregando na nossa cara o quão estamos certos em pertencer
por escolha e não por posse, um ao outro. Tem espaço pro primeiro e único que
estará comigo na nossa cerimônia de casamento, e neste dia nós olharemos um
para o outro e diremos: “Hey seu imperfeito, eu não mudaria nada em você!”. Tem
espaço para a primeira história desse tipo, em que o final feliz até chegará um
dia, mas demorará muito e muito tempo, tipo “até que a morte os separe”. E
desta história ainda terão alguns personagens que chegarão para deixar tudo mais
intenso e bonito, que levarão adiante tudo o que a gente construiu como valor e
cumplicidade. Um ou dois filhos nascidos de dois corações, que também farão
parte daquela coisa linda e forte sobre “amor por escolha”.
Por enquanto, é isso! Enquanto o Universo
ajeita tudo para nosso encontro, eu resolvi escrever um pouco, talvez uma das
primeiras cartas que trocaremos... Até breve, amor.