6º Capitulo - A tentativa de Suicídio

O Sr. Marcel estava sempre em plantão à espera de o seu filho acordar e junto estava Klauton que pedia noticia a recepcionista que demonstrava amargura de que as coisas continuavam do mesmo jeito. O pai olhava para o namorado do filho tentando entender como o seu filho pode amar uma pessoa do mesmo sexo. Ele criou o seu filho com maiores rigidez e nunca aparentar pra mostrar ser um homossexual e sentia muito confuso por estar pensando sobre um dia o filho acordar e ele tem que aceitar.

- Como é gostar de um homem pra você?

Klauton não entendera a pergunta do Sr. Marcel que esperava a resposta. Olhou para o pai do Leonardo tentado o que buscava. Klauton tinha decidido de ajudar o pai de Leonardo que era um sujeito bruto por ser delegado da cidade. Havia imaginado como um homem da posição dele podia ter um filho gay.

- Aconteceu na minha adolescência e percebi que minha atração era para homens. Algumas amigas minhas ficaram desapontadas por um rapaz de bem físico, ser gay, mas me apoiaram.
- Seus pais te aceitaram a sua opção sexual.
- Meus pais não só me aceitaram, como veio me dar o apoio que tive. Sofri com as consequências, mas estava ali pra me ajudar o tempo inteiro. Eu sou feliz.
- Eu queria compreender de coração, mas a ficha parece que não cai.

Klauton abraçou o Sr. Marcel que ficou assustado e não sabia o que dizer ao rapaz. A recepcionista chamou os dois dizendo que o medico iria atender em dois minutos na sala. O pai ficara um pouco assustado e Klauton começou a ficar nervoso quando eles entraram na sala, o médico apareceu com os exames nas mãos e disse em poucas palavras.

- Não podemos fazer mais nada pelo seu filho. O seu filho pode ter pouco tempo de vida. Um milagre podia tirar o seu filho da UTI. Eu como médico tinha que ser franco e não esconder nada da família.

O pai olhou para o chão do consultório sem dizer uma palavra e Klauton olhou para o médico com olhos vermelhos com vontade de chorar. Ele queria ver Leonardo naquele momento e foi falando que Leonardo iria voltar. O pai levou o Klauton pra fora do consultório em plenos berros do rapaz. Ele pensava na esperança de seu filho sair do hospital para conversar sobre a palavra de perdoar. Klauton ficou sentado no banco em plantos de choro e pedindo a Deus que trouxesse Leonardo de volta.

A Sra. Helena, mãe de Leonardo, apareceu no hospital com a irmã de Klauton. Solene explicara a vida de seu irmão à mãe de Leonardo e enxergou que a verdade de toda a história é o amor. O Sr. Marcel disse as duas sobre o que o médico disse e a Sra. Helena sentou ao lado de Klauton que desabou no seu ombro em tristeza.

- Me desculpe rapaz. Eu não queria ver a verdade.
- Tudo bem senhora. 
- Vamos torcer por meu filho saia dali e volte para o seu braço.
- Para o nosso. Ele precisará o carinho da mãe e do pai.

O Sr. Marcel viu a cena e não conseguia ficar por perto e foi dizendo que iria pra casa pra arejar a cabeça. Klauton olhou para o pai de Leonardo e pediu para acompanhar, mas Solene pediu a Klauton que devia deixar o pai de Leonardo ficar um pouco só com os pensamentos dele.

O dia estava nublado e o Sr. Marcel olhava apenas para o carro que estava na sua frente. Entrou no carro e desabou em choro por não fazer nada pra salvar o filho. Queria matar o cara que foi preso por ter atropelado seu filho, mas era contra a sua conduta de delegado. Ele queria abraçar o filho pra pedir o perdão e olhar no fundo dos seus olhos que iria tentar olhar pelo modo de aceitar o filho.

Dirigiu o seu carro pra casa e foi olhando para os carros que passavam e o filho ficara no pensamento de que um dia iria acordar. Abriu a porta de casa e subiu as escadas e viu o quarto do filho que estava vazio e sentou na sua cama e entrou em desespero por saber que não deveria ignorar o seu filho.

- Leonardo – olhava cabisbaixo como se o próprio filho estivesse ali – me perdoa meu filho. Eu não nunca achei que chegaria assim a perdê-lo de uma forma trágica.

Ele caminhou ao seu quarto e viu o criado-mudo com uma fechadura e colocou a mão no seu bolso e pegou as chaves para abrir a gaveta. Seu revolver prateado estava à vista dentro da gaveta. Não queria fazer, mas em seus pensamentos estavam avista de tirar a sua vida. Segurou o revolver e caminhou pra sala e começou a chorar olhando para a arma e apontou pra sua cabeça com muito suor e medo. Ele tremia apontando pra sua cabeça e não acreditava que estava fazendo isso e olhou para o retrato do filho que estava no quadro da parede.

- Me perdoe meu filho, papai nunca quis te ferir deste jeito.
- NÃO!

O Sr. Marcel olhou ouviu o grito e viu Klauton que abria a porta pegando o revolver das mãos. Ele abraçou o Klauton pedindo perdão, pois não sabia o que estava fazendo e que a culpa sempre foi dele por sua arrogância. Klauton pediu para que o Sr. Marcel acalmasse e que deveria ter fé de que Leonardo iria sair daquele coma.

- Como sabia...
- Sua mulher contara que tinha uma arma e que o senhor sente que esta com a consciência pesada e imaginei que deveria vir.

O Sr. Marcel sentou no sofá e pediu como poderia ajudar na parte pra defendê-los. Ele queria defender o filho e o namorado de todas as atribulações existente na vida, mas Klauton foi especifico que todas as pessoas têm o seu destino e tem que enfrentar pra vencer todas as barreiras e o pai de Leonardo não havia entendido.

- Todos nós passamos por fases tanto desejadas ou indesejadas. Passei esse tempo enfrentando e consegui uma vitória hoje.
- Que vitória, garoto? O meu filho esta no hospital e continua naquele estado de coma!
- A vitória que estou falando é do senhor.
- Como assim?
- Você começou acreditar no amor do seu filho e tenho certeza que é um passo que obtemos de ti. Você ama seu filho como pai deve amar o filho. Essa vitória é importante e acho que deve contar pra ele.
- Ele esta em coma e...
- E vai ouvi-lo. Aquele que nós amamos pode ouvir o amor que existe e ele vai ouvir o seu amor que tu tens por ele.

O Sr. Marcel e Klauton seguiram para a saída, indo em direção ao carro. Ele estava confiante de que o filho irá ouvir suas próprias palavras e com a mulher do seu lado tinha certeza que poderia fazer seu filho resistir contra a morte. Chegando ao hospital viu a sua mulher desesperada e abraçou o marido que saia do carro. Solene correu até o irmão e sentiu aliviada e junto estava o Marcos que correu para cumprimentar o Klauton.

- Leonardo melhorou?
- Não Marcos e tenho fé que ainda ele irá sair daquele quarto.

O Sr. Marcel pediu pra mulher acompanhar e despediu de todos para entrar para ver o filho que continuava internado na UTI. A recepcionista deu um aviso que deveria ficar poucos minutos e que deveria ser fortes para enfrentar a probabilidade do problema. O casal olhou para o filho que estava em volta dos aparelhos. A Sra. Helena ficou pálida ao ver o filho naquela situação e o Sr. Marcel aproximou do filho e ajoelhou perante o leito.

- Filho me perdoa. Tua mãe e eu compreendemos que o amor do mundo é mais forte e pode vencer as barreiras. Então volte para casa para ser novamente uma nova família.
O casal olhara para o filho sentiu ver uma lagrima correr pelo rosto de Leonardo.
- Ele vai voltar.

A recepcionista apareceu pedindo ao casal saísse do quarto. O casal encontrou com os pais de Klauton que vieram pra saber das noticias. O Sr. Marcel cumprimentou o pai de Klauton, Sr. Malvino, e contou toda história que ocorrera enquanto a Sra. Lucia falava para a Sra. Helena que tinha orado bastante na casa dela para que Leonardo saísse de coma. A conversa foi atrapalhada quando o médico apareceu pra toda família. Klauton foi o primeiro pedir a noticia, pois estava muito desesperado.

- Pelo visto que o rapaz quer saber da noticia, mas precisamente vamos entrar na sala da UTI e irei falar do estado de saúde do seu namorado.
- Ok! Aconteceu algo?
- Me acompanhe rapaz.

Os outros começaram a falar, mas o médico disse que precisamente deveria levar o rapaz. Klauton pediu calma pra todos e prometeu que iria trazer as noticias mais breve possível pra todos. O médico levou Klauton deixando todos na preocupação.