Fomos andar um pouco e curtir o inverno, estava frio como o primeiro dia que nos beijamos, paramos em um dos lugares mais altos da cidade, tínhamos uma vista linda de toda aquela enorme cidade, como aquilo era gostoso de se fazer e ainda mais com ele, foi quando ele encostou no capô do carro e fui em direção a ele, precisava ficar na ponta dos pés para beija-lo e ele resolveu baixar, segurou meu rosto com aquelas mãos grandes e me beijou tão leve, porém tão intenso, me sentia tão seguro.
Aquele frio, aquele lugar, aquele abraço e aquele beijo era tão único e me levava a uma outra atmosfera, resolvemos conversar um pouco.
Jonatas: Quando me viu pela primeira vez, o que você pensou?
Luck: Eu me senti estranho, me senti tão preso.
Jonatas: Preso?
Luck: Sim, preso! Como se quisesse algo, mais nada do que eu fizesse iria me fazer aproximar de você e ainda mais ter algo com você, afinal, essa é minha primeira experiência gay.
Jonatas: Essa também é minha primeira vez, até então era virgem de tudo, acho que você nunca vai ficar comigo por muito tempo.
Luck: Serio? Porque diz isso?
Jonatas: Você tem uma vida sexual ativa, já eu.
Luck: O que sinto por você vai muito além disso, Jonatas seu nariz está sangrando e você está pálido.
Logo passei a mão no meu rosto e o sangue já estava se esvaindo, logo comecei a ficar tonto, foi quando ele me colocou no carro e saiu às pressas.
Eu estava muito tonto e comecei a ficar desacordado. (Relato do Luck).
Acordei horas depois no hospital, minha tia, primos, irmã, Luck e Marcos, todos na sala e o Luck chorava junto a minha irmã, foi quando 0 médico chegou, logo todos saíram com exceção da minha irmã.
Dr. Fred: Olá, como se sente?
Jonatas: Um pouco dolorido, enjoado.
Dr. Fred: É normal nesses casos, daqui pra frente você vai precisar ficar sendo acompanhado.
Jonatas: O que eu tenho?
Dr. Fred: Leucemia mieloide crônica.